Maneiras de expressar sentimentos a respeito Daquele que é o Autor da Vida. Através de reflexões em diálogo com as comunidades, encontrar novos sentidos, e de acordo com a vontade de Deus, e restaurar os antigos sentidos da Vida. Também um pouco de movimento artístico e criativo diverso.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
quarta-feira, 13 de maio de 2015
Deus,
o homem e sua relação com a criação
Francis Almeida De Oliveira1
Resumo
Trataremos neste artigo sobre a relação do homem
com seu meio ambiente criado por Deus. A arte, a beleza da criação,
as invenções humanas, e os próprios seres se relacionam de uma
maneira, ora harmoniosa e bela, como desejo de Nosso Pai Celeste; ora
nem tanto assim, por mera falta de atitude humana, que deve se
posicionar de maneira a encontrar a felicidade na harmonia com sua
relação com Deus, com seus irmãos, e com o mundo criado.
P Palavras-chaves: Deus, criação,
meio-ambiente, vida urbana.
1
Graduando em Teologia. Casado, com dois filhos.
Introdução
Discute-se
hoje a respeito do meio ambiente, do futuro do planeta, dos
suprimentos de recursos naturais, da extinção das espécies, e,
neste contexto surge uma palavra: sustentabilidade.
Este termo cabe dentro de outro deveras polêmico, que é ecologia.
Mas qual é a relação destes com o ser humano e Deus?
Ora, no
momento da Criação, conforme crença judaica-cristã, quando Deus
formou o homem (ser humano), ele o fez conforme a sua imagem e
semelhança.”Deus
disse:'Façamos os seres humanos à nossa imagem, de forma que
reflitam a nossa natureza'”1.
Além
do nos fazer semelhantes à Ele, ele ainda nos deu uma
responsabilidade sobre tudo aquilo de maravilhoso que ele havia
criado para desfrutarmos aqui na terra. “
'Para que sejam responsáveis pelos peixes do mar, pelos pássaros do
ar, pelo gado, e, é claro, por todo animal que se move na terra'”2.
Mas,
até onde se estende esta responsabilidade dada por Deus? Até que
ponto podemos ser semelhantes a Deus até mesmo no fator
criatividade?
Quais os privilégios desta condição que Papai do Céu nos destes,
e como isto pode influenciar o mundo, e colaborar no plano de salvação
divino em Jesus?
E certo que nossa responsabilidade com o meio ambiente
pode causar mudanças deveras significativas. E como essas mudanças,
se realizadas ou não, determinam e moldam o nosso meio ambiente;
tanto no campo como nas cidades, sejam elas frias ou quentes, ricas
ou
1
PETERSON, Eugene H. Gênesis. IN: A mensagem:Biblia em linguagem
contemporânea. [Supervisão
exegética e teológica: Luiz Sayão]. São Paulo:Editora Vida.
2011. p.23
2
PETERSON, 2011, p.23
carentes, na praia, nas planícies ou nas montanhas.
E
como também o meio ambiente pode influenciar os fatos
sociais,
que
são os fenômenos que compreendem 'toda maneira de agir fixa ou não,
suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou
então ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada,
apresentando existência própria, independente das manifestações
individuais que
possa
ter.'(...) Fato social é algo dotado de vida própria, externo aos
membros da sociedade e que exerce sobre seus corações e
mentes
uma autoridade que os leva a agir, a pensar e a sentir de
determinadas maneiras. 1
1
QUINTANEIRO,Tania & et al. Um
toque de Clássicos:
Marx, Durkheim&Weber. 2ª ed.revista e ampliada.Belo Horizonte.
UFMG.2003.pag. 68 à 81.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Deus e a beleza da criação
de alguma forma
Quanta beleza há neste sentimento divino.
O simples ato de amor do Nosso Pai Celeste
Criou o espetáculo da vida
A mais arrojada
de todas as expressões artísticas
que se culminou em realidade
o amor de Deus e o sacrifício de seu Filho amado..
Transformou o mundo sensível
pela força de seus ideais,
Nos salvou...
Obrigado por tudo
e pelo Espírito nos conduz...
Aplausos.....
ao Autor da vida!!!
quinta-feira, 2 de abril de 2015
Ensaio
Love versus “The
Money Incorporation”
O dinheiro confere
muitas facilidades nos relacionamentos diários, econômicos,
comerciais e sociais, há de se dizer. Todavia, de que maneira
poderia ser diferente esse pensamento se tivéssemos que trocar
mercadoria por mercadoria, produto por produto, assim como na época
de formação do povo europeu pós- Império Romano, onde as
comunidades camponesas haviam quase que totalmente abolido a moeda.
Imaginem só, ter que esperar a vaca dar leite para que o dono da
vaca pudesse trocar seu leite por pãezinhos, hortaliças, ou quem
sabe, por um machado, e assim, logo após, continuar com seus
afazeres do dia-a-dia.
Olhando por este modo,
com o dinheiro servindo ao homem, facilitando sua vida, até que não
seria tão mal assim. Todavia, um grande problema surge quando o
homem começa a tratar de dinheiro como um “senhor”. Ou ainda
mais agravante, quando a sociedade o faz e transforma isto em “fato
social”.(DURKHEIM, Um toque de clássicos, 2003, p.69)
O nosso Brasil produz
de tudo que um país com enorme potencial em recursos pode produzir.
Mas o capitalismo mal colocado, muitas vezes, joga muitas toneladas
de alimentos no lixo, por mera questão de preço de mercado. Tudo
isto enquanto ainda há famílias que passam por necessidade de
alimento do norte ao sul da nossa amada nação.
Me lembro de ter
assistido uma reportagem do CQC (que também fora citada em aula pelo
nosso professor Clainton), onde eles enfatizavam a importância do
bolsa família e como isto realmente transformava, para melhor, a
vida de muitas pessoas. Um ponto desta reportagem me chamou a
atenção... que para cada 1 real de benefício que chegava ao povo,
o governo recolhia 1,70 reais em impostos, simplesmente porque os
menos favorecidos não guardam dinheiro, pelo contrário, eles gastam
tudo favorecendo a economia da comunidade em que vivem,e,
consequentemente os cofres governamentais.
Mediante esta linha de
pensamento, os fatores que enfraquecem nossa economia atualmente são
as grandes fortunas e a corrupção. Ambos tiram o dinheiro de
circulação contas bancárias.
Se levássemos em
conta apenas o aspecto econômico, já seria motivo suficiente po
governo dar pelo menos o dobro deste benefício aos mais pobres. Eles
merecem. Mas, temos que levar em conta dois aspectos de suma
importância, que seria promover oportunidades para as crianças
irem à escola sem se preocupar tanto com a questão da sobrevivência
( pelo menos não na infância!), e o de um ter alimento em todas as
mesas brasileiras, pois, se isto ainda não acontece, em minha
modesta opinião, significa que grande parte de nosso povo é sem
identidade nacional e sem amor fraternal, só se lembram que são
brasileiros na época da copa do mundo.
Áliais, a falta de
identidade nacional faz com que a maioria dos movimentos sociais
brasileiros sejam por motivos especificos de uma “facção”,
interesses particulares de certos grupos. Por exemplo: os médicos se
mobilizam por melhores salários, o mesmo fazem os motoristas,
metalúrgicos e até mesmo os professores. Todos se mobilizam por
causa específica. Leia-se: mais dinheiro para a “categoria”(facção).
Eles não entendem que a luta seria mais eficiente se todos os que
lutassem, o fizessem pelo bem comum de todos, ou seja, contra toda e
qualquer injustiça social que todos nós sabemos, provém,em sua
maioria, pela ganância daqueles que se esquecem que somos, todos:
brasileiros, latino-americanos, hermanos. E vivemos, ainda,
debaixo do mesmo céu
criado por Deus.
Também, não podemos
esquecer que a nossa cultura muitas vezes supervaloriza o que não
tem tanto valor.
Por exemplo, a moda.
Eu particularmente
acho legal vestir uma roupa “maneira” e bem feita, com ajustes
que tenha um bom “caimento” corporal. Acho sensacional. Mas não
acho sensacional a gente pagar, além do valor sensato
do produto, pela “etiqueta”da moda. Desta maneira,
supervalorizando muito mais uma mera peça de um vestuário do que um
dia, uma semana, um mês de trabalho de uma pessoa que trabalha na
roça, produzindo alimento para toda comunidade, por exemplo.
Aos produtos da moda
muitas vezes é dado mais valor do que para aquele assalariado urbano
que trabalha tanto, que tem pouco tempo para adquirir conhecimento a
ponto de melhorar o índice de desenvolvimento humano pessoal e
também daquela localidade e do próprio país, quando acontece,
trata-se de milagre. Esta é minha crítica pessoal, porém, acho
bonito que as pessoas sigam um certo padrão de vestimenta,
dependendo da ocasião, ou até mesmo grupo social. Mas o trabalho
dos humildes valem muito mais!
Além disso, segundo
as ideias de Simmel,” O dinheiro confere, por um lado, um
caráter impessoal, anteriormente desconhecido, a toda atividade
econômica, por outro lado, aumenta, proporcionalmente, a autonomia e
a independência da pessoa”(SIMMEL,1896,
p.24) Devemos lembrar
que este caráter impessoal,
ainda que não seja muito bom e apropriado para as relações, de
qualquer modo, não significa ausência de humanidade entre as
pessoas que exercem este intercâmbio.
Talvez a gente ainda
tenha deixado acontecer, falando de forma branda, dentro de nossa
forma capitalista de enxergar, que os empregados devem ganhar o
mínimo possível de salário, e nós, os empresários(se contratamos
por qualquer serviço, como um corte de cabelo por exemplo, podemos
ser incluídos nesta terminologia), não raramente tendemos à pagar
o menor valor possível, muitas vezes sem se preocupar com o impacto
social causado na vida deste nosso colaborador e em toda sociedade.
Com demasiada
frequência, o filho de um de nossos colaboradores se enveredam no
crime antes mesmo da maioridade. Ás vezes pela ausência do pai ou
mão que trabalha excessivas horas e não tem tempo para passar com o
filho, que acabam por serem criados e educados pela rua, isto quando
eles possuem pais. Alguns não os têm... e a sociedade que não faz
a menor análise da situação, pede para que se vote e aprove a “lei
da maioridade penal”. Ridículo alguém propor isto, porque, no
Brasil, até os adultos ficam impunes só porque tem dinheiro. Como
querem botar nossas crianças para pagar a conta? Ainda mais, filhos
dos trabalhadores. Ora, que o exemplo venha da elite na questão das
punições. Durkheim colocou esta
tese” Somente uma sociedade constituída goza de
supremacia moral e material indispensável para fazer lei para
indivíduos:pois só a personalidade moral que esteja acima das
personalidades particulares é que forma a coletividade.”(DURKHEIM,
2003 p.75). Antes de punir nossas crianças, puna-se
primeiro os adultos endinheirados. Desta maneira, acredito, a moral
se sobrepõe sobre o famigerado dinheiro. E segundo Jessé Souza:
De
fato, as coisas mesmas também são desvalorizadas, num sentido mais
geral, pela equivalência com qualquer meio da troca válido para
qualquer coisa. O dinheiro é “vulgar” porque o equivalente
para tudo e para todos: somente o individual é nobre; o que
corresponde a muitas coisas corresponde ao nível mais baixo que elas
e reduz, por isso, também o mais alto para o nível mais
baixo. ( SOUZA&OELZE,1989,p.31).
Também segundo Souza
concluindo:
Voltando
aos resultados singulares do intercâmbio monetário, quero terminar
com uma observação geral sobre o seu relacionamento com os
traços e motivos mais profundos de nossa cultura(...), Estamos
desistindo de verdades absolutas que estejam fora de toda
evolução. Estamos abrindo mão, com prazer, de
transformações, do crescimento e da crítica contínua de
nosso conhecimento- pois isto é, precisamente, o que se mostra,
continuadamente, como “empiria” em todas as áreas.(SOUZA &
OELZE.1989 pag.38).
Concluímos que a melhor maneira de lidar com dinheiro na pós-modernidade seria
distribui-lo aos que mais necessitam, e que todos tenha acesso ao
conhecimento, tanto empírico quanto científico, independente do
dinheiro. Ou seja, que as condições econômicas não sejam
determinantes quando houver grandes descobertas, grandes ideias que
surgem em todos os âmbitos de nossa sociedade. E é claro,
procuremos ter níveis de relacionamentos mais profundos no nosso
dia-a-dia, especialmente nas compras, que é onde mais se carece,
aparentemente, deste tipo de contato entre os seres. O dinheiro pode
servir como instrumento para atingirmos o progresso verdadeiro, não
esse “progresso ás avessas” que estamos vivendo, onde os
relacionamentos, a interação com a natureza e a própria qualidade
de vida estão sendo deixados de lado por causa da nova tecnologia
das comunicações, e das ostentações.
Podemos
chamar isto de progresso?
O
dinheiro deve servir as relações comercias e ao progresso, mas sem
anular ou enfraquecer, as relações interpessoais.
Menos
dinheiro, menos carros.
Mais
árvores, mais ar puro, mais amor.
Referencias
SOUZA,
Jessé & OELZE, Berthold. O dinheiro na cultura moderna.IN:
Simmel e a modernidade.2ªedição,
revista. Editora UnB, pag. 9 à 40.
QUINTANEIRO,Tania
& et al. Um toque de Clássicos:
Marx, Durkheim&Weber. 2ª ed.revista e ampliada.Belo Horizonte.
UFMG.2003.pag. 68 à 81.
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